Comemoramos 27 anos, festejando a memória arqueológica do Brasil

Como brinde de comemoração dos 27 anos do Ítaca, produzimos um lápis com desenhos baseados em alguns dos registros rupestres encontrados no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Estado do Piauí. Esse parque tem uma história encantadora. Vale a pena conhecer e, quando possível, visitá-lo.

História do Parque Nacional da Serra da Capivara
Desde o início da década de 1970, um grupo de arqueólogos, sob a direção de Niède Guidon, realizava pesquisas na região com financiamento da França.

A partir de 1978, essas pesquisas passaram a ser interdisciplinares, com a participação, além das instituições francesas que faziam parte da Mission Archéologique du Piauí, de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Em 1986, esse grupo de pesquisadores criou a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM).

Em 1991, a UNESCO inscreveu o Parque Nacional Serra da Capivara na lista do Patrimônio Mundial, a título Cultural, em razão da importância dos registros rupestres existentes nos seus sítios arqueológicos. A FUMDHAM aceitou a responsabilidade de preservar esse patrimônio.

A FUNDHAM, declarada de interesse público pelo governo brasileiro, reúne na atualidade uma série de atividades científicas e culturais, no âmbito das ciências humanas, biológicas e da terra, mas também realiza atividades em benefício da sociedade.

Museu do Homem Americano
Situado na sede da FUMDHAM, o Museu do Homem Americano foi criado com o objetivo de divulgar a importância do patrimônio cultural deixado pelos povos pré-históricos. O Museu procura mostrar ao público os resultados mais recentes das pesquisas, sendo realizadas, portanto, atualizações regulares, tanto na exposição permanente quanto nas temporárias.

Visitação
O Parque Nacional Serra da Capivara está aberto à visitação e conta com guaritas para a recepção dos turistas, estradas, Centro de Visitantes, trilhas, escadarias e passarelas que permitem o passeio com segurança. Mas, para conhecer o Parque, é preciso estar acompanhado de um condutor de turismo.

Sítios arqueológicos
Os registros rupestres, pintados ou gravados sobre as paredes rochosas, são formas gráficas de comunicação utilizadas pelos grupos pré-históricos que habitaram a região do Parque. As representações gráficas abordam uma grande variedade de formas, cores e temas. Foram pintadas cenas de caça, sexo, guerra e diversos aspectos da vida cotidiana e do universo simbólico dos seus autores. O estudo desses registros possibilita o reconhecimento de temas recorrentes e a identificação de diferentes maneiras de representá-los. Pode-se dizer, ainda, que são pistas da forma de vida dessas populações.

Do conjunto de 1.354 sítios arqueológicos cadastrados, 183 estão preparados para a visitação turística, sendo 17 deles acessíveis a pessoas com dificuldades de locomoção. Pela quantidade e variedade dos sítios, os roteiros de visitação devem ser estabelecidos com os condutores de turismo a partir do perfil do visitante e do seu tempo disponível. Há, no entanto, algumas sugestões de roteiros preestabelecidos.

Belezas naturais
O Parque é formado por um conjunto de quatro Serras – Serra da Capivara, Serra Branca, Serra Talhada e Serra Vermelha – que apresentam diferentes ambientes e paisagens onde também se pode contemplar os monumentos geológicos, a fauna e a flora da caatinga.

Visite a página da Fundação Museu do Homem Americano:
http://www.fumdham.org.br