A (talvez) maior realização de Juscelino Kubitschek (1956-19961) como Presidente do Brasil, foi a construção de Brasília. Projeto modernista dos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, a cidade foi inaugurada em abril de 1960, após três anos de trabalhos contínuos e investimentos de milhões de dólares. Símbolo de modernidade, integração e desenvolvimento, marcou o crescimento vertiginoso da importância das grandes empreiteiras e construtoras na vida pública do país.
E, ao deslocar os centros de decisão para o interior de Goiás, o governo JK, procurava distanciar-se das pressões populares e do impacto das multidões. O poder refugiava-se no isolamento das avenidas e das estruturas de concreto. Erguida pelos chamadoscandangos nordestinos, a obra sintetiza o Brasil dos anos 50 e 60: modernidade, beleza, miséria, obras gigantescas e perplexidade.
Conhecer a capital o país, mais do que ter o prazer de descobrir como se comporta uma cidade planejada (em um país de raríssimas delas) e de sentir o inevitável espanto (muitas vezes) deslumbrado, é entender um pouco o Brasil e ver de perto locais e pessoas que encaminham os rumos do país e, ainda, pessoas anônimas que engrandecem a cidade, na miudeza da vida cotidiana. Experiências essenciais.
Foi tudo isso e, também, companheirismo, interação, diversão o Estudo do Meio proposto para essa nossa turma do 2º EM, que é vibrante, curiosa, observadora, crítica e colaborativa. Foi mesmo um prazer e uma troca de percepções e análises muito ricas, entre estudantes, professores, demais profissionais que fizeram parte da viagem, políticos, pessoal de São Sebastião (uma das regiões administrativas de Brasília, antes denominadas cidades-satélite).
Mesmo que em poucos dias, procurou-se vislumbrar/conhecer a Brasília arquitetônica e seu traçado urbano; a Brasília política, seus parlamentares e Comissões; a Brasília do cerrado e também dos museus e da Unb; a Brasília e suas origens e sua periferia… E tudo valeu a pena!