Tempo, tempo, tempo, tempo

Na tradição popular, existe uma regra não verbalizada sobre a percepção da passagem do tempo: em alguns momentos da vida, atestamos e aceitamos que o tempo passa de modo diferente para cada um de nós, e isso parece estar relacionado com o tipo de atividade com que nos envolvemos. Se estamos nos divertindo, por exemplo, o tempo parece passar muito depressa; por outro lado, se estamos realizando tarefas que não nos chamam a atenção, o tempo se arrasta.

Na verdade, sabemos que isso é apenas uma sensação, e a ciência está aí para provar. Isaac Newton considerava o tempo como algo absoluto, verdadeiro e matemático, que transcorre uniformemente, e os maiores filósofos da natureza e cientistas concordaram com essa ideia.

Assim, tudo corria bem na Mecânica Clássica, até Albert Einstein colocar o conceito de simultaneidade em xeque: fatos que ocorrem simultaneamente para mim podem não ocorrer para você!! O tempo corre de maneira particular para observadores, em diferentes velocidades.

Esses e outros fatos, tão alheios ao nosso universo de experiências cotidianas, mas explorados nas artes e nas ciências, foram objeto de investigação de nossos(as) estudantes de 8º e 9º anos, em pesquisas com o TEMPO como tema unificador. Eles se aventuraram, com curiosidade e com boa dose de ousadia, em assuntos que normalmente não trabalhamos na escola.

Alunos e alunas se prepararam assistindo a filmes que indicamos (porque adoramos esses filmes!), lendo textos que consideramos importantes para a compreensão do fenômeno da relatividade ou, mesmo, pesquisando, em uma atividade extraescola, como o tempo é entendido na música, na composição de obras literárias, qual a origem dos mais diversos calendários entre outros temas incríveis. Como resultado, recebemos trabalhos muito originais: uma revisão dos calendários como o desejo do homem em controlar a passagem dos dias; a noção e a contagem do tempo no andamento musical, o espaço-tempo e os buracos negros.

Os trabalhos foram publicados em forma de podcasts, arquivos sonoros que podemos escutar em plataformas de música ou em aplicativos para smartphones.

Parafraseando Caetano Veloso, na canção que nos inspirou nessa tarefa, esse trabalho – que envolveu Ciências, Matemática e Língua Portuguesa – nos revelou o tempo como “um senhor tão bonito… um dos deuses mais lindos” e que ainda tem tanto a nos contar.

OUÇA AQUI ALGUNS PODCASTS:

• 8º ano
O tempo em diferentes planetas

• 9º ano
Como a gravidade modifica o tempo
Mudança do calendário juliano para o gregoriano