7º ANO EM CANANÉIA E ILHA DO CARDOSO

Após dois anos de pandemia, voltamos a fazer as nossas viagens de estudo do meio. Os estudantes do 7º ano estavam animados, contando nos dedos os dias para a nossa tão esperada saída para Cananéia e Ilha do Cardoso. A viagem não poderia ter sido mais maravilhosa, encantadora e alegre. Todos aproveitaram demais cada momento de estudo, lazer e convívio com os colegas, professores e monitores.

Tudo começou com uma visita à Fazenda Bela Vista, onde fizemos uma trilha ecológica na agrofloresta de 4 hectares cultivada pelos proprietários do local. Vimos, em uma mesma área de cultivo, bananas, jabuticaba, batata doce, laranja, café, maná cubiu, pupunha e lichia consorciados, e isso nos ajudou a compreender a importância de uma agrofloresta para o meio ambiente e para os que dele dependem. Fizemos alporquia em um pé de cambuci e também provamos algumas frutas e mel de abelha silvestre.

Depois de um almoço maravilhoso na fazenda, com diversos produtos orgânicos locais, participamos de uma oficina de plantio de mudas de quiabo. Os estudantes se divertiram com as minhocas da compostagem e fizeram duas fileiras de plantação. Para terminar, tomamos um banho de rio no córrego da fazenda. À noite, fomos surpreendidos por uma palestra muito informativa e curiosa sobre o boto cinza, animal aquático presente nas águas do estuário de Cananéia.

No dia seguinte, fomos de barco para a Ilha do Cardoso, ansiosos para ver os botos cinzas que vivem nas águas da região. Na ilha, aprendemos com os moradores a importância da reserva ecológica e do envolvimento da comunidade na preservação da área. Estudamos a restinga, o costão rochoso, o manguezal e a mata de encosta. Paramos para almoçar em um delicioso restaurante com vista para o mar para finalizar nossas atividades matutinas. À tarde fizemos a nossa tão esperada ida ao manguezal e o banho de mar; antes de nos despedirmos da ilha ainda fomos ao museu para observação de objetos da região e de alguns esqueletos de animais. Nesse mesmo dia, à noite, assistimos a uma apresentação de fandango do grupo Fandango Esperança. Se deixasse, a turma toda entrava madrugada adentro, de tanta festa e alegria que compartilhamos.

No último dia, fomos visitar o quilombo do Mandira, onde conhecemos a produção sustentável de ostras no manguezal e depois tivemos uma roda de conversa com o Seu Chico Mandira sobre a história, a vida e as lutas de sua comunidade. Almoçamos uma comida deliciosa no restaurante da comunidade e, no período da tarde, participamos de uma oficina de produção de bijouterias, com a associação de mulheres quilombolas, na qual os estudantes tiveram a oportunidade de fazer colares e pulseiras.

Voltamos para a escola com muitos conhecimentos novos e o coração cheio de alegria, pois vivenciamos, aprendemos e compartilhamos ótimos momentos juntos.