.>
NOTÍCIAS
O QUÊ
assunto
QUANDO
2023
2022
2021
2020
2019
2018
2017
2016
2015
2014
2013
Alguns conteúdos desta seção estão disponíveis apenas para quem estiver logado.
Caso tenha acesso, faça seu login aqui
postado sob 2023, cultura, EF2, história
+23

 

Segundo Emanoel Araújo, falecido artista e diretor do Museu Afro, o Brasil conseguiu ser indiferente aos danos causados a seus filhos negros, os negros nascidos aqui e os que vieram da África, que "deram talvez a mais generosa contribuição para a construção do Novo Mundo, alimentando o poder e o luxo dos escravocratas locais e extraindo o ouro e o diamante que faziam a riqueza do Velho Mundo. O mesmo ouro que expandia a prosperidade e o luxo que reluziam nos tempos de Dom João V e Pombal e transformavam Lisboa em sua fisionomia física e econômica, como antes o fizera o açúcar, desde o começo da colonização e, antes ainda, o comércio do pau-brasil, sob o peso da escravidão indígena.” 

 

Com o objetivo de ampliar um pouco mais o olhar sobre a presença negra em nossa cidade, no dia 13/06,  alunas e alunos do 9º ano foram conhecer lugares de memória da cultura negra em São Paulo e conversar sobre essa termática.
Saíram da escola em direção ao Largo do Paissandu, onde observaram a estátua Mãe Preta, de Júlio Guerra, e conversaram sobre a obra e a história do local, onde ocorrem as comemorações da libertação dos escravizados, no dia 13 de maio, e, do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. Em seguida, visitaram a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, espaço de reunião de negros e escravos, no qual se celebravam ritos católicos mesclados com crenças de origem banto. De lá, partiram para a Igreja Nossa Senhora dos Aflitos (no bairro da Liberdade) e Santa Cruz das Almas dos Enforcados, onde discutiram o projeto de apagamento da memória negra na cidade. 

O almoço foi na Ocupação 9 de julho, também local de grande importância na resistência contra a discriminação racial e em defesa do direito à moradia, um dos itens da Declaração dos Direitos Humanos. Depois do almoço, visitaram o Museu Afro, no Parque do Ibirapuera, cujo"acervo abarca diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a escravidão, entre outros temas ao registrar a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira".

Conhecer a origem e composição de nossa cultura, reconhecer a dívida que temos com setores da nossa sociedade que foram explorados, entender e atuar contra a discriminação racial constituem valores importantes na educação e formação cidadã.

Referências:
https://www.scielo.br/j/ea/a/s3SLN54h79fqBfHXDkbDMdv/?lang=pt

fechar