(baseado em texto de Jean-Yves Leloup*)
Pessach, correspondente judaico à Pácoa cristã, é a festa da liberdade. Começa ao pôr do sol desta sexta-feira, 22 de abril, e termina ao anoitecer de sábado, 30 de abril.
Pessah, em hebraico, quer dizer passagem. A passagem, no rio, de uma margem à outra, a passagem de um pensamento a outro, a passagem de um estado de consciência a outro. A passagem de um modo de vida a um outro modo de vida.
A vida é uma ponte e, como diziam os antigos, não se constrói o própria casa sobre uma ponte. Temos que manter, ao mesmo tempo, as duas margens do rio – a matéria e o espírito, o céu e a terra, o masculino e o feminino – e fazer a ponte entre essas nossas diferentes partes, entendendo que estamos de passagem.
Lembrando do caráter passageiro de nossa existência, da impermanência de todas as coisas, a Páscoa é a passagem desta vida mortal para a vida eterna.
É a passagem da escravidão para a liberdade, simbolizada pela migração dos hebreus, do Egito para a terra prometida.
Veja também nossa publicação em anos anteriores:
http://itaca.com.br/noticias/post/1859
* Jean-Yves Leloup é um escritor, teólogo e padre ortodoxo francês. Doutor em Psicologia, Filosofia e Teologia, aborda nos seus livros, conferências e seminários um aprofundamento dos textos sagrados, assim como uma abordagem e uma reflexão sobre a espiritualidade no cotidiano.
Perito em conferências, um dos mais solicitados no continente europeu, divulga por todos os recantos do Planeta suas idéias claramente holísticas. Ele é inclusive presidente da Universidade Holística Internacional de Paris, bem como orientador do Colégio Internacional dos Terapeutas. Leloup é considerado um dos filósofos mais consagrados dos nossos dias. Ele visita freqüentemente o Brasil, geralmente durante eventos produzidos pela Universidade da Paz – Unipaz.