Os pentes ancestrais Estudos do EF1

Dizem os historiadores que o pente-garfo teve origem há cerca de 6 mil anos, na África. Sua simbologia contemplava as qualidades de uma pessoa, como sua origem e cultura.

Um dos livros escolhidos para adoção nos quintos anos em 2023, Os nove pentes d`África, de Cidinha da Silva, trouxe esse tema singular e atrativo, englobando questões identitárias e africanidades, a partir do resgate de memórias, ancestralidades e vivências que precisam ser preservadas, de modo a entender-se o passado, ressignificá-lo e compreender o presente. É necessário reconhecer a cultura africana como matriz de muitos saberes para além do próprio continente de origem, o que inclui, de forma expressiva, sua presença na formação da cultura brasileira.

Alunos e alunas dos 5º anos encantaram-se com a leitura dessa sensível obra de Cidinha da Silva, invocando lembranças e laços com entes queridos de muitas gerações. E, no nosso Espaço Maker, confeccionaram pentes, projetando um desenho personalizado e endereçado a uma pessoa escolhida entre seus afetos e memórias .

Com sua obra, Cidinha da Silva nos presenteia com pentes presentes cheios de passado que nos ajudam a destrinçar o futuro. Seus pentes são pontes de compreensão entre o que somos nós, negros brasileiros agora, nossos avós recentes e os tais ancestrais africanos. E ponte entre nós e nossos sobrinhos, os que vêm depois de nós. 
Chico César

Em outro grupo do Fundamental 1, nossos 4os anos, a escritora Cidinha da Silva também se fazia presente, com a leitura do livro Kuami.

Quartos e quintos anos, por fim, celebraram essa importante autora por meio de um encontro, apresentando seus ditos e feitos relativos às duas obras, Os nove pentes d`África e Kuami. Pelos alunos dos quartos anos, músicas presentes na narrativa de Kuami foram levadas para o encontro e, pelos alunos dos quintos anos,  outros pentes, dessa vez para presentear os colegas.

Entre músicas e pentes, vívidas expressões de uma cultura de origem africana presente e potente, entre nós e na história da humanidade. Cada criança reconhecendo o seu lugar integrado nesse encontro de saberes e parceria.

Abaixo, registros da música O meu lugar, de Arlindo Cruz, feitos pelos alunos dos quartos anos.